Esporte e inclusão: A classificação funcional de atletas paradesportivos

Florianópolis - A vitoriosa participação brasileira nos jogos Paralímpicos Rio 2016, em que o país alcançou a marca de 72 medalhas, ficando na oitava colocação, foi enaltecida por Claudio Dihel Nogueira, classificador funcional do Comitê Paralímpico Brasileiro durante palestra no Seminário Esporte e inclusão: A Importância do Esporte no Processo de Inclusão e Superação.

O evento faz parte da I Semana Inclusiva da Grande Florianópolis, que está sendo realizada no auditório do Senac, no centro da Capital. A programação teve início na segunda-feira (19) e se estende até o próximo domingo (25) com a discussão de temas voltados à inclusão e ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o evento tem o apoio da Assembleia Legislativa e mais de 30 entidades, públicas e privadas.

Nogueira lembrou da origem do esporte adaptado como mecanismo de inclusão. "Em meados dos anos 40, após o final da Segunda Guerra Mundial o esporte foi introduzido como uma forma de reabilitação, tentando inserir os ex-combatentes na sociedade novamente."

Atualmente, as diversas modalidades podem ser reunidas de acordo com a finalidade, como as atividades voltadas ao lazer, à aventura e à competição. Dentro do esporte adaptado de competição, para que os atletas possam concorrer em condições mais próximas possíveis, eles são classificados de acordo com seu perfil. "A classificação é uma peculiaridade do esporte adaptado para que se faça a competição mais justa possível", explicou Nogueira.

Cada federação internacional responsável por uma determinada modalidade estabelece os critérios de elegibilidade que definem as condições mínimas para a participação do atleta. A partir do acompanhamento e das avaliações que são feitas é que os esportistas são enquadrados nas classes funcionais. "De acordo com as condições de cada atleta e o nível em que são apresentadas as particularidades de cada um é que você pode colocar os atletas em classes funcionais." De acordo com Nogueira, estes perfis são semelhantes, não necessariamente iguais, isso faz com que exista um pouco de diferença entre as próprias classes. "O sistema existe para diminuir a discrepância das aptidões físicas de cada atleta."

A entrada no esporte adaptado se dá justamente através da classificação, frisou Nogueira. Por isso, a importância de entender e conhecer as particularidades para se alcançar resultados mais satisfatórios. "O Comitê Paralímpico Brasileiro vem trabalhando muito sobre as classificações para que os atletas possam chegar em uma competição, importante como esta, e apenas se preocupar com o desempenho, diminuindo o impacto negativo psicológico que uma mudança de classe possa provocar. Nestas olimpíadas não tivemos nenhum caso de reclassificação."

Semana Inclusiva


As atividades da I Semana Inclusiva da Grande Florianópolis continuam no final de semana com o Feirão de Empregos, denominado "Dia D", que irá reunir diversas oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência no sábado (24), a partir das 9h no IFSC, Campus Florianópolis, que fica na Avenida Mauro Ramos, 950. No domingo (25), no Parque de Coqueiros, localizado na cabeceira continental da Ponte Pedro Ivo, serão realizadas atividades esportivas adaptadas no período da manhã até o início da tarde.

Palestra com Claudio Dihel Nogueira, classificador funcional do Comitê Paralímpico Brasileiro (foto: Eduardo G. de Oliveira)
Palestra com Claudio Dihel Nogueira, classificador funcional do Comitê Paralímpico Brasileiro (foto: Eduardo G. de Oliveira)


Fonte: Agência AL
Por: Lucio Baggio

Reprodução: Assessoria de Comunicação Social MPT-SC

(48) 32519913 / (48) 88038833

prt12.ascom@mpt.mp.br

Publicado em 22/09/2016

 

 

Imprimir