MPT, MPF e SindMPU promovem ação conjunta em homenagem ao Dia da Mulher
Florianópolis - Momentos para reflexão e conscientização. Encerrou na quarta-feira (11), as atividades em homenagem ao Dia Internacional Mulher programadas para o público interno e externo do Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina, Ministério Público Federal de Santa Catarina e o Sindicato Nacional dos Servidores do MPU/CNMP. Foram dois dias de palestras e rodas de conversa.
No MPT-SC, na terça-feira (10), o evento tratou das diversas formas de violência contra a mulher e algumas das ferramentas do estado para lidar com esses casos. Discutiu também as raízes culturais do machismo, os impactos sociais e o que pode ser feito para lidar com essa problemática. Na mesa de abertura, a predominância era feminina. Participaram a Procuradora Regional do Trabalho, Silvia Zimmerman; a representante do Grupo de Trabalho em Defesa dos Direitos das Mulheres do SindMPU (Sindicato do Ministério Público da União), Gleidismara Cardozo; a coordenadora das Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Santa Catarina, Delegada Patrícia Zimmerman D’Ávila; e a psicóloga policial Verônica Bem.
A Procuradora Silvia Zimmerman delineou o cenário atual da mulher no mercado de trabalho, resgatando alguns dados nacionais sobre o assunto. Em resumo, as mulheres recebem menos, mesmo em cargos iguais aos homens, também recebem menos aposentadoria e trabalham mais horas, se considerado o trabalho doméstico...
Antes do início das falas sobre violência contra a mulher, a servidora Gleidismara detalhou a atuação do GT em Defesa dos Direitos das Mulheres do SindMPU e mostrou dados que comprovam que dentro do próprio Ministério Público a desigualdade é latente entre homens e mulheres, não somente no número de servidores como no salário que, segundo ela, “é maior para o sexo masculino devido as funções e gratificações que recebem”.
Feminicídios: a triste realidade que ainda vivenciamos no Brasil e em SC
Ao longo de mais de 20 anos na profissão, a delegada Patrícia Zimmerman D’Ávila já enfrentou diversos casos de violência contra a mulher. O marido traído, o pai frustrado e o namorado possessivo foram alguns dos casos (tristes e) clássicos já enfrentados por ela. De agressões físicas ao feminicídio, Patrícia D’Ávila narrou alguns casos marcantes para exemplificar a importância de analisar casos de agressão com o olhar de gênero. “O olhar treinado do policial faz toda diferença”, ela comenta.
Com um infográfico simples, de três etapas, a psicóloga policial Verônica Bem demonstrou o ciclo mais comum por qual as mulheres passam ao sofrerem violência doméstica. Desde a violência propriamente dita (seja ela moral, física, patrimonial, etc.) à fase “Lua de Mel”, quando o parceiro ou a parceira demonstra carinho à vítima.
A DPCAMI também apresentou o projeto que desenvolve para discutir e refletir a violência contra a mulher. Em três eixos, a ação tenta promover a análise de comportamentos e práticas enraizadas em relação ao tratamento às mulheres.
Da violência para as águas do litoral catarinense, conhecer mais das “pescadeiras”
Diretamente das águas de Santa Catarina, as “pescadeiras” foram as protagonistas do segundo dia de eventos em comemoração ao Dia da Mulher no Ministério Público. A convite do MPF, a jornalista Angela Bastos e três pescadoras catarinenses estiveram na Casa para dividir com a plateia os desafios ecológicos e sociais enfrentados por elas em sua profissão. As três convidadas para o debate junto com a jornalista Angela, autora da reportagem multimídia “Apaixonadas pelo Mar – Histórias das Mulheres que Vivem da Pesca em Santa Catarina” do Grupo NSC, são as personagens centrais do documentário.
Os trabalhos foram abertos pela Procuradora da República Ana Lúcia Hartmann e a mesa conduzida pela Procurador Regional do Trabalho Angela Cristina Santos Pincelli.
Fonte: Assessoria de Comunicação MPT-SC
Coordenação: Fátima Reis
Estagiário: Erick Vinícius da Silva Souza
(48) 32519913/ 988355654
Com informações: ASCOM TRT-SC
Publicado em 12/03/2020